sábado, 31 de dezembro de 2011

ENTRE LEITORAS




Em agosto deste ano tive uma grata surpresa: fui convidada a participar de um “happy hour “ entre leitoras da revista Cláudia da Editora Abril.
Para mim, leitora da Revista há muitos anos, foi uma honra. Imagine só uma revista de circulação nacional ( talvez internacional ), onde por anos eu li as matérias, compartilhei das opiniões, segui dicas e aprendi “n” coisas com as reportagens estar lá, com todas as pessoas que fazem da revista o que ela é, fiquei fascinada.
A experiência foi extasiante, primeiro pela alegria de ver a revista por "dentro", depois a surpresa de saber que elas ( atendimento ao leitor ) sabiam quem eu era e por ouvirem atentamente meu ponto de vista, minha opinião ( me senti importante ( risos ) ).
A conversa girou em torno dos nossos cabelos ( produtos, penteados e toda a parafernália que utilizamos para mantê-los lindos, macios e brilhantes).
Eu adorei esta história, adoro expor minhas opiniões, meus sentimentos e sensações, de compartilhar.
Acredito que sempre temos alguma coisa para contribuir e sempre muito a aprender.
Adorei o período que desfrutei com as moças de Cláudia e as outras leitoras convidadas.
A sensação com a qual sai da revista foi da mais profunda familiaridade, como se fizessem parte do meu ciclo de amigos há muitos e muitos anos.
Obrigada a todos e olha que pretendo voltar, afinal coisas boas e momentos felizes devem ser sempre multiplicados e compartilhados.

Beijos a todos, especialmente ao pessoal da Revista e às leitoras: Beatriz, Regiani, rosana e Silvia, que compartilharam este momento especial.


sábado, 15 de outubro de 2011

DEPRESSÃO...O MAL DO SÉCULO XXI


Há algum tempo atrás comecei a ter uns sintomas estranhos, ao menos para mim, que me considero uma pessoa que não se deixa abater por qualquer coisa.

Dores de cabeça constantes, taquicardia eventual, braço dormente ( achava que era tendinite ), amortecimento de alguns dedos, da língua, uma tristezinha estranha me rondando, querendo ficar.

Ás vezes a vontade eminente de querer estrangular pessoas, e não era só da boca para fora, era um sentimento poderoso e real, dentro de mim, uma falta de paciência que não era do meu feitio.

Comecei a ficar preocupada, podia ser um monte de coisas, ou simplesmente uma fase.

Marquei minha consulta, fui ao médico e comecei a descrever meus sintomas, todos anotados para não esquecer de nenhum......ele só me perguntou se eu tinha disposição para fazer as coisas e eu disse que sim. Diagnóstico: princípio de depressão.

Nunca me imaginei com esse tipo de doença. Doença sim, eu não sabia, mas ela está presente na vida de muitos brasileiros, e não é contagiosa, ao meu ver é apenas o reflexo dos dias de hoje.

Estaria mentindo se dissesse que sempre fui como sou hoje: otimista, disposta, correndo atrás do que deseja, mas nunca tive dores que me indicasse que estava precisando de ajuda.

Estou tomando remédio e tenho me sentido melhor, mas não aceito as coisas assim, sem questionar. E comecei a querer saber porque estava neste estado de espirito: estava me sentindo sobrecarregada e sem expectativas, como se a vida não estivesse mais fluindo e por mais que eu quisesse seguir não conseguia.

Meu sinal de alerta foi a tristeza, uma tristeza estranha que queria se acomodar e eu não deixava e aí certo dia, eu acabei deixando, e senti como se minhas forças acabassem.....

Conversei com uma amiga muito querida e ela me garantiu que não era para deixar a tristeza se acomodar, era perigoso.

Depois que comecei a tomar a medicação, os sintomas foram passando, e melhorei em tudo: minha disposição, a alegria voltou, a vontade de viver, de fazer, muito bom.

As pessoas ( assim como eu ) tem medo de ficar dependente do remédio, mas perdoa, prefiro a dependência a sentir as dores e não estou tomando por conta, o médico vai me dizer quando tiver que ir diminuindo a dose, tenho que confiar, afinal meus filhos precisam de uma mãe inteira, completa para eles e o preço nem é tão alto assim.

Achava que era frescura, mas só quando senti na pele entendi que é uma doença séria e que pode levar a fazermos o que não desejamos, pois não existe mais pudores, você não consegue mais controlar.

Existem pessoas que só se entristecem, ficam chateadas, tudo magoa. Bom eu chorava com qualquer oscilação do que eu achava que era perfeito.....

Perdia o controle pelas mínimas controvérsias, como se isso fosse alterar todo o meu mundo, tudo fosse desmoronar.

Não há controle, não é sua vontade, é um desejo de ficar bem quieta, em algum lugar onde ninguém possa te incomodar, possa mexer com você.

Tive  um período longo onde tinha que controlar as emoções para não perder a cabeça, porque não sei lidar com isso, mas foi o que me fez muito mal, em dado momento a máquina que utilizamos cobra seu preço, e pode ser alto, muito alto.

Estou pagando meu preço, no meu ponto de vista, nem tão alto, mas estou pagando, mas sei que poderia ser mais alto. 

Quando alguém que você ama começar a se comportar de forma estranha, chegue perto e tente aos poucos entender o que está sentindo. Eu aprendi a me conhecer, e fui atrás mas nem todo mundo sabe quando está precisando de ajuda.

Beijos a todos

domingo, 25 de setembro de 2011

APÓS 24 MESES

Queridos Amigos,

Não sei se todos tem conhecimento, mas vão completar exatos 2 anos ( 24 meses ) que comecei numa empreitada, no mínimo interessante: reunir amigos de escola.

Durante muito tempo eu queria começar com isso. Estudei durante 11 anos na mesma escola, basicamente com a mesma turma. Muitas histórias para contar, muita vida vivida juntos, sonhos, admirações, paqueras, um tantão da minha vida junto de pessoas tão queridas.

Contei nesta empreitada com a ajuda da minha irmã Kelly, da Luzia, que estudou com ela.

Fizemos buscas, boca a boca, muita mãe ficou com receio de dar o contato do filho, muita esposa ficou enciumada ( e algumas ainda ficam ), muito marido ficou com o pé atrás, mas na realidade, minha intenção sempre foi a mesma: reunir pessoas que se davam bem no passado e que agora estavam separadas.

a amizade é uma das coisas mais preciosas da vida da gente, mas nem sempre conseguimos desfrutar. Esses encontros tem exatamente esse sentido: estar com pessoas queridas, às vezes você está tão atribulado com o dia a dia, que não tem tempo para uma visita a um amigo, e quando organizamos esse tipo de evento tornamos possível exatamente isso: matar saudades, mas não só de um, de muitos ao mesmo tempo.

Comecei pelo pessoal que havia estudado comigo e minha irmã com o pessoal que estudou com ela, digamos os mais frequentes.

No dia do primeiro encontro eu estava em pânico, já havia sonhado que ninguém vinha, ou que vinha todo mundo, que o espaço era pequeno, ou grande demais.

A expectativa era enorme, fora que durante a organização, acabei me desentendendo com uma ou outra pessoa, mas sou persistente. Recebi críticas, fiquei magoada, mas nada apagou minha determinação, nem da minha pequena comissão, até meu cunhado que nem estudou com a gente, ajudou pacas e minha irmã Rosangela que nem chamou ninguém da turma dela e curtiu pacas fazendo os flashes do pessoal ( hoje é nossa fotógrafa oficial ).

A glória foi quando chegaram as primeiras: Lucilene e Lucimara......fiquei tão imensamente feliz, dali para frente relaxei e a coisa rolou mais calma.

Depois de 7 encontros ( nunca imaginei que chegaríamos a tantos ) só tenho a dizer uma coisa:


- se alguém, algum dia me dissesse: "Kátia, você, no ano de 2009, começará a promover encontros entre seus amigos de escola", eu não acreditaria;

- se ressaltassem que não seria nem um nem dois, então, talvez eu tivesse um surto psicótico, kkkkk;


- e depois de tudo isso, se me dissessem ainda que eu conseguiria reunir, num mesmo evento Profª Lívia, Profª Vera e Dona Olga, acho que eu teria tido um enfarto.....

São muitas emoções reunidas, muitas e muitas recordações, lembranças, algumas saudades.....

Fico emocionada cada vez que reúno a turma e olho nos olhos, vendo a viagem que fazem dentro deles mesmos, é fascinante.


Dia 26/09/2011 completam 2 anos do primeiro encontro e só tenho a agradecer a todos, em especial a Paty Bianchi, idealizadora da ideia, minhas irmãs, meu cunhado que sempre colaboram com tudo, analisa as ideias, me ajuda na organização, a Luzia que sempre que pode ajuda, participa e colabora. Ao povo que depois que provou o gosto nunca mais quis sair dessa loucura de encontros: Lucilene, Lucimara, Black e família, João Marcelo e família, Silvinha, Chico e Célia, Rosana, Roberto e família, Luciana Nunes e família, Patricia Bianchi, Cleber e família ( que vem lá de Paulínea para os encontros ), Robson ( ele pode demorar, mas ele vem ), Nailde, Dino, Harada e Clarice e família ( que vieram do Japão passar férias e não deixaram de comparecer ao encontro ), Marquinhos, Claudinha, Clayton, Adriadene, Luzia, Kátia Fontenele, entre tantos outros, q por um motivo ou outro não podem comparecer a todos os encontros, mas que sempre que possível vem compartilhar conosco a alegria de estar juntos e principalmente à Profª Lívia e o Maestro Nasari, que desde o 3º Encontro são nossos cúmplice, fiéis participadores, que participaram de nossos encontros e nos acolheram em sua casa com tanta simpatia.
 

Tenho a dizer apenas uma coisinha a mais: todo mundo pode sonhar, mas para que o sonho se realize só tem uma maneira: por a mão na massa e ter fé. Eu acreditei, vendi o sonho para as pessoas e aos poucos ele foi sendo comprado, e hoje temos no facebook, em torno de 115 amigos no ennianosparasempre, além da comunidade do orkut: AMIGOS ENNIO CHIESA 20 ANOS, onde temos 60 amigos.

Estou muito feliz por tudo e tinha que compartilhar com as pessoas que são responsáveis por isso: todos que participam e levam sua alegria para juntar-se a minha.














 


Beijos a todos e do fundo do coração muito obrigada 

sábado, 17 de setembro de 2011

COMPARTILHANDO MEU PAI



Queridos amigos,



Em Agosto completou 8 anos que meu pai partiu.

Muito rígido, desde muito cedo teve que assumir várias responsabilidades, que ao mesmo tempo o tornou exigente com os outros e mas bom ouvinte e pronto para ajudar.

Esta imagem do meu pai, eu consegui vislumbrar pouco antes dele nos deixar.

Lembro bem que quando era pequenina, morria de medo daquele homem enorme, com a expressão fechada e olhos poderosos, que me fazia correr como um gatinho assustado para debaixo da cama, ou chorar desconsoladamente por horas, sem ao menos encostar a mão em mim.

Era apaixonada por meu pai. Sua postura segura, ele sempre foi meu herói, capaz de resolver todo e qualquer problema, eu o admirava profundamente, ao mesmo tempo que o temia.

Lembro que adorava ficar pertinho dele, sentir seu cheiro, ouvir sua voz grossa, potente.

Ele sempre trabalhou muito, lembro uma época, que os gêmeos haviam nascido, de uma gravidez que não foi planejada ( se é que as outras foram ), e meu irmãozinho não sobreviveu, logo depois meu pai perdeu o emprego e começou a vender de porta em porta.

 
Depois de algum tempo, conseguiu um emprego em sua área, mas tinha muito trabalho e eu quase não o via, devia ter uns 7 ou 8 anos, perguntei para minha mãe se ele havia ido embora, minha mãe negou, mas eu queria ver com meus próprios olhos. Aquele dia fiquei esperando meu pai querido até às 23hs30, ele chegou e estranhou a minha presença, mas não falou nada. Eu dei um abraço nele, um beijo, comi a laranja que ele não havia comido na empresa e fui dormir, feliz da vida porque meu pai não tinha ido embora, e mais feliz por ele ter sido só meu naquele momento.

Hoje sei que ele não era assim tão perfeito como eu acreditava, nem tão justo como eu tinha certeza, mas dentro das várias e várias barreiras que a vida lhe impôs ele sempre demonstrou coragem, determinação e fé.


Aprendi muito com meu pai, sobre "n" coisas, mas o que me marcou mais foi sua característica principal: as pessoas não tem culpa da minha dor, as pessoas não tem culpa das coisas que eu passo, devo tratar a todos como gostaria de ser tratado.

Ficou internado durante meses e meses, e as enfermeiras eram só carinho com ele....Diziam q nunca tiveram um paciente tão bonzinho....

Existem épocas que vou ficando mal sem perceber: dia dos pais, perto do dia 21/08, Natal, Ano Novo.....Vai dando uma certa tristeza, um vazio.....É a falta dele q o subconsciente não esquece.


Tenho certeza que ele está tomando conta da minha família....vez por outra sinto a presença dele e minha filha disse que outro dia ele veio visitá-la ( e foi com toda a propriedade).


Lidar com a falta física é muito complicado e me ressinto muito pelos meus filhos não terem conhecido o avô. Ele sempre foi um pai muito rígido, mas era um avô doce e amoroso.


Talvez por este motivo eu queira tanto estar presente na vida dos meus filhos, e que eles tenham lembranças amorosas e boas ao meu respeito, por que a vida acontece agora, depois já será muito tarde para recuperar o que não se teve. Eu aproveitei o quanto pude, dentro da medida do possível estar com meu pai, lembro do cheiro, da voz e do olhar, que mesmo quando ele não enxergava mais, parecia que se aprofundava em sua alma......

Podia ficar horas e páginas falando dele para vocês, mas não vem ao caso, kkk, só queria mesmo compartilhar.

Beijo imenso......
 
Meu pai e Amanda ( 1ª Neta )

terça-feira, 6 de setembro de 2011

ENFIM 40 ANOS !!!!!

 Lembro-me de quando era criança e ficava pensando em como seria quando eu fosse "GRANDE". 
Uma mente ávida por conhecimento, misturada pela mais diversa fantasia, e junto com tudo isso, os sonhos, expectativas e curiosidades que me afligiam em cada idade, em cada momento da minha vida.
Meus pais eram rígidos ( como a maioria naquela época ), afinal estavam acostumados aos trabalhos duros da roça, não havia muito sentimento ou perda de tempo com sonhos, mas eu queria sonhar, sempre percorria o mais, satisfação sempre foi algo quase inatingível em minha vida.
Talvez isso tenha me impulsionado por algum tempo, mas em outras épocas me deixava triste e melancólica, quase nunca conseguia seguir meus objetivos.
Com 15 anos, tinha certeza absoluta que quando chegasse aos 30 estaria com a vida feita. Bem empregada, com o grande amor da minha vida, muitas faculdades, muitas viagens, estabelecida!
Quimeras apenas.....
Descobri muitas coisas sobre mim mesma, perdi muito tempo com medo, e quando cheguei aos 30, me sentia com 90..... 
Estava casada, mas não era essa a ideia que eu tinha do "Felizes para sempre".
Meu maior presente no ano que completaria 30, foi me descobrir grávida pela primeira vez, e então perceber que a vida da gente tem mais meandros e mistérios do que se quer podemos imaginar, que o mundo pode se expandir através de um ser que cabe em seus braços, e que você, na mais vã insignificância é o mundo daquele pequeno ser.
Fui presentada novamente no ano de completar 32 anos, vindo para meus braços, minha pequena, ressaltando mais uma vez todos os sentimentos envolvidos no prazer de ser mãe e na responsabilidade que isto engloba e da forma como me faz sentir.
A imagem que tinha de mim aos 40 anos, era de uma mulher quase idosa, trabalhando sofregadamente, com muitas atribuições, mas de lenço do cabelo, chinelão no pé e um ar de 80, pesado, díficil.
Posso garantir que esta mulher da minha imaginação não existe, e se  quer acredito que um dia ela aparecerá, kkkkk.
Sinto-me na minha melhor forma, poderosa em realizar, em me expressar, em participar, em estar no meio. 
Vou para balada, corro com filho, trabalho fora, reúno amigos de escola,  e vou vivendo a vida, como a vida me quer: BRILHANTE. 
Estar feliz e plena não é um prêmio, é uma conquista e eu sei quantas lágrimas e dores este estado emocional atual me custou, e sei também o que ainda posso chorar e sofrer para querer mais, só que ultimamente estou comprando a briga. Descobri muito tarde que podemos ser educados, mas devemos conquistar o que queremos com unhas e dentes, sempre, mas de boa, sem pisar ou tripudiar em cima de ninguém. Assim tem mais sabor, é mais legal.
Nem quando era mais novinha esperei com tanta expectativa uma idade, e não tem nada a ver com comemorações ou surpresas, apenas com sensações, é como se uma porta que estava meio emperrada deixasse ver suas nuances. A descoberta de uma mulher nova e plena.
Nesse momento acho que entendo profundamente a expressão: " A vida começa aos 40".
Quanto aos outros eu não sei, mas a minha com certeza está tomando novos rumos...E hoje eu garanto que meu maior sentimento é de agradecimento a Deus e a todos que fazem parte da minha vida.
Alguns que passaram eu sinto falta, outros que não sairam, apenas estão mais ausentes também tenho muito carinho, e quem saiu é porque quis mesmo, e se eu deixei, é porque o que havia não valia a pena para continuar, de resto, nessa minha comemoração só desejo a mim mesma a mais profunda e magnânima FELICIDADE. 

Beijos a todos.........

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

ONDE ESTÁ A FELICIDADE?????


Nessas minhas conversas pela internet, uns bate papos com pessoas em busca de um grande amor ou da tão procurada felicidade, muitos me questionam senão desejo ser feliz.
Minha resposta no entanto costuma surpreender: eu sou feliz, o que procuro é alguém que esteja disposto a aumentar essa sensação, e não dividí-la, afinal principio matemático, quando se divide algo este algo diminui e o intuito é multiplicar.

Demorei para entender que a Felicidade não existe no outro, tem que ser interna, estar por dentro para poder reconhecê-la por fora.

Não nego que isso causa um certo impacto na maioria das pessoas, mas eu acredito nisso. Atualmente me considero uma pessoa plena e feliz, o fato de não ter um grande amor não me deixa infeliz, e por incrível que pareça, nem triste, ando muito satisfeita comigo mesma, o que me torna uma pessoa independente e díficil de agradar, mas não impossível.

Não ando com muito crivo para escolher mas não posso negar que existem alguns pontos que levo em consideração, além de ter pontos de vista específico em relação às emoções que desejo viver:

Para um relacionamento sério:

- um amor e uma cabana já não me convence mais, para uma vida a dois, no mínimo a pessoa tem que estar no meu nível profissional ( emprego estável e com um patamar estabelecido ), ter o curso universitário ou equivalente para podermos conversar, pois eu adoro, e acho importantíssimo isso, gostar de crianças é fundamental, e não querer mais filhos também e claro, ter bom humor ( ficar reclamando das virgulas e de cada contratempo só atrasa a vida), além de querer curtir  os momentos em família ( entenda-se: com os meus familiares e os deles também ), e sempre que surgir um problema por para fora, afinal de contas, cara feia para mim é fome e das bravas, ou pode ser sono, daqueles fortes.

Exigente? Eu diria que não, experiente. 

Durante boa parte da  minha vida que fui inflada de de sonhos e falsos conceitos, onde na maioria das vezes entende-se que se você for "boazinha", o mundo será bonzinho com você. Doce ilusão mesmo. Não me transformei numa Bruxa do Oeste, mas fiquei esperta, batalho todos os dias, mais porque tenho uma sede de aprender que me consome, do que porque terei um retorno, mas estou fazendo minha parte, uma hora ou outra as coisas acontecem.

Não toleraria ao meu lado alguém que se contentasse com pouco e não tivesse determinação para correr atrás do que deseja, mas ainda assim não deixa de ser complicado.

Para um relacionamento eventual:

Tenho seguido muito o ditado: "Enquanto não encontro a pessoa certa, vou me divertindo com as erradas." Quem sabe entre elas exista a correta? Só vamos saber quando encontrarmos e principalmente estivermos preparados para aceitar.

Este é outro ponto importantíssimo para quem deseja ser feliz: a aceitação.

Vez por outra você tem tudo, absolutamente tudo para ser feliz, mas não é, por que será?

Porque não está preparada para encarar o desafio de permanecer feliz, e pode haver medo de perder, afinal como diz o poeta:" ...Nem a felicidade é eterna e nem a infelicidade é duradoura..." No meu ponto de vista, uma dá espaço para outra, para que não se esqueça nunca que a felicidade não é eterna, mas não abandona ninguém, só dá um intervalo entre um acaso e outro para que não se acostume com ela e a desvalorize.

Sou muito pensadeira para certos assuntos e estou aprendendo a receber algumas coisas sem questionar muito, sem ficar pensando se sou ou não aceita se estou ou não certa, isso parou de me incomodar, já sei que não posso satisfazer todo mundo o tempo todo, então aprendi que mesmo me esforçando para ser simpática e atenciosa com as pessoas, sempre terão algumas que não acreditarão nisso.....mas o problema não é meu.

Resumindo: para mim a felicidade depende muito mais do relacionamento que você tem com você mesmo, do que as pessoas tem a oferecer para você. Se você não estiver feliz, pode namorar com o homem mais bonito e rico da face da terra, ter tudo o que mais deseja, mas ainda não estará feliz.

Lembre sempre para poder seguir em paz: a felicidade é como uma borboletinha que passeia daqui para lá e de lá para cá, às vezes consegue sentir completamente, às vezes não, mas é imprescindível que ela esteja dentro de você, porque fora ela será sempre fugaz.

P.S. : Se possível assistam ao filme " O Pássaro Azul " é muito lindo e vai de encontro a esta mensagem.

Beijos a todos 



quinta-feira, 14 de julho de 2011

A DOR DA ALMA

Algumas coisas acontecem de uma forma que a cada dia fico mais
impressionada com o ser humano. 
Claro, somos fascinantes, mas tão cheios de volta, que às vezes se torna impossível a total compreensão do ser.
Existem  situações  onde a pessoa consegue destilar sua raiva, sua dor vendo a tristeza alheia, o sofrimento, mas não percebe que a situação não melhora para ela, e que o sofrimento alheio não vai diminuir o seu, além de ser passageiro.
Ver o outro " se ferrar" só causa prazer momentâneo, depois a dor volta, porque a situação não mudou, está dentro e não fora.
Negar sentimentos positivos com medo da reação dos outros também é ruim. Ficar com receio de ser julgado por gostar de alguém que não corresponde às expectativas alheias também não se chega a lugar nenhum, afinal nem sempre sua cara metade é loira de olhos azuís,alto, forte e rico ( sem preconceito, apenas a base do que  acham ideal).
Vivemos numa sociedade onde temos que trabalhar muito para ter o que desejamos, descendemos basicamente de negros e índios, com poucos traços dos nossos colonizadores, fica difícil querer a perfeição que é imposta pelos meios de comunicação.
Aprender a ver, a enxergar a alma do outro é uma alternativa, trabalhar com a sinceridade de você para você mesmo seria o mais correto para alcançar  um caminho tranquilo para a paz de espírito.
Aceitar as deficiências das outras pessoas e as suas limitações, pode além de tornar a vida mais tranquila, aceitar que todos temos defeitos, mas acima de tudo qualidades.
Na maioria das vezes as coisas e situações não acontecem do jeito que queremos, então precisamos ter jogo de cintura para avaliar até que ponto vale a pena continuar batendo o pé, indo de encontro à parede,contornar sempre é uma opção. O plano B, C, D sempre deve estar a mão,ter muitas alternativas faz com que vejamos o mundo de uma forma mais justa e completa.
No amor, eu acredito que seja a mesma coisa. Quase sempre temos um ideal de ser para amarmos, invariavelmente ele deve ser perfeito, e mais invariavelmente deve ser completo, mas como já disse, as pessoas não são perfeitas, não são homogêneas, são diversas e nessa diversidade é que está o encanto que cada um apresenta.
É essencial por na balança da sua vida o que é realmente importante para você: o que imagina ou a realidade? Ter sonhos e realizá-los é gratificante, ficar presa (o) à devaneios entristece a alma e nos frusta, aceitar o limiar entre o que você sonha e a realidade é a melhor maneira de respeitar seus limites, suas qualidades e ter uma vida mais plena.....
Dor na alma é muito ruim,  tem cura, mas só se você quiser e trabalhar para isso.
Beijos a todos

terça-feira, 31 de maio de 2011

O CLUBE DA LULUZINHA


Era uma vez um grupo de amigas.

Batalhadoras, cheias de histórias, cheias de alegrias, cheias de experiências.

Certo dia se reuniram...apenas as meninas, com pontos de vista diferentes e suas histórias eram tão únicas, que se olhadas bem de perto, bem de perto mesmo eram iguais ou no mínimo semelhantes.

Foi nesse clima de troca de confidências, de particularidades, de histórias que aconteceu no último sábado, dia 28/05, a tarde mística.

Estavámos em poucas, mas o calor humano era palpável...uma energia forte rondando a sala e iluminando os rostos.

Minha vontade era ficar e ficar por muito tempo ali, falando e falando, sobre a vida, sobre o amor, sobre o presente, passado e futuro., infelizmente outro compromisso me tirou antes da hora da reunião.

Fico extasiada toda vez que me contam histórias de vida, histórias de amor ( reais!!!!!), de gente como a gente, fascinada.....é como se realmente valesse a pena amar, amar profundamente......Claro que são poucos que conseguem esse benefício tão glorioso de achar em outro ser algo que o complemente de uma forma tão harmoniosa, tão completa.

Não os invejo, talvez porque eu ache que por algum motivo, não sei exatamente qual, eu não mereça esse tipo de amor, inclusive corro o risco de não reconhecê-lo, caso ele apareça para mim.

Mas isso é secundário neste momento.......

Importante é homenagear mulheres tão fortes, tão ricas de histórias, tão lindas por dentro e por fora.



Obrigada, meninas, por provarem mais uma vez que eu não estou errada por valorizar tanto e tanto o privilégio de ser mulher...



Beijo a todos e muita fé, paz e amor para todas
 
 
 
 
Amigas são amigas........Bjks...kkkkk

sábado, 21 de maio de 2011

O PRAZER DE SER MÃE

Às vezes fico imaginando como seria não viver a emoção de ter filhos, e chego a conclusão que em certos aspectos minha vida não teria sentido.


Olho para eles e vejo o retrato da minha essência, pormenores que lembram de uma pessoa que eu sequer sabia que conhecia.

Aquele abraço no fim da tarde, quando você chega do trabalho e teve um dia daqueles, aquela falação no seu ouvido que não suporta mais barulho, aquele beijo delicioso de boa noite, e os bracinhos passando pelo seu pescoço, hum tudo de bom.

Quando assisto à reportagens referentes à morte ou espancamento de crianças, às vezes pelos próprios pais, fico horrorizada e pensando: " com qual fundamento isso ocorre?".

Bom, o ser humano é cruel por natureza, mas podemos sempre melhorar, o problema é que às vezes não se quer melhorar.

Depois da separação, por muitas vezes, pensei ".. e se tivesse virado aquela esquina ao invés da que eu virei?" e junto vem a ausência das crianças, o que me enche de tristeza.

Em muitos momentos o que me resgatou do fundo do poço foi olhar para eles e buscar, em seu sorriso, força para lutar, força para transcender as dificuldades e conseguir levantar.

Sei o que ainda pode me esperar de todas essas coisas doces e suaves: adolescentes rebeldes que vão conhecer a liberdade e achar que a mãe é muito chata, mandona e etc etc etc.... Não sei até q ponto estou preparada, mas garanto que quero muito passar por tudo isso.

Filho tinha que vir com manual, mas como não vem, temos o direito de aos poucos ir errando e acertando, tentando tomar as melhores alternativas, enfim ir seguindo.

O que tenho a ressaltar na verdade é o seguinte: ser mãe é maravilhoso, mas deve-se querer ser, desejar, ter a veia materna saltitando em seu espírito, mesmo quando não se sabe que ela está lá.

Quando meu primeiro filho nasceu, eu estava sozinha na sala de parto porque quis assim, não queria ninguém fazendo drama, ou roubando a paz do momento.

Não chorei quando meu filho me foi apresentado, o recebi com um bem vindo, meu filho querido, e posso afirmar meio sem jeito, mas quando a enfermeira o trouxe para a primeira mamada e pôs em meus braços aquele bebezinho tão inofensivo, elevei meus pensamentos em Deus e perguntei: "...E agora, Senhor?! Serei eu capaz de cuidar de algo tão frágil? O senhor tem certeza que confia em mim para isso?"

Sim ele confiou e apesar dos pesares, confiou de novo, aos trancos e barrancos, confiando somente na minha intuição e nas coisas que o coração dita, vou sendo mãe há nove anos e 5 meses. Acerto, erro, mas não me arrependo.

Não nego que às vezes o fardo é pesado, às vezes dá vontade de chorar, mas na maioria das vezes o que impera é o sorriso.

Sou bem mãezona mesmo, e isso me prejudica um pouco mas sei que o que importa é que eu os amo integralmente e vou fazendo o que tenho que fazer: às vezes sendo bruxa outras sendo fada, mas sempre seguindo meu senso e a vontade de estar com eles.


Neste mês destinado às mães eu tinha que prestar minha homenagem ao ser em que Deus confiou....nós...mães.





Beijos a todas....

sábado, 30 de abril de 2011

OUTRO DIA ENTRE AMIGOS


Quando perguntam por que tenho tanta determinação em reunir amigos de 20 e poucos anos atrás não consigo precisar o motivo, simplesmente comprei a idéia.

Talvez tenha sido um desafio ou algo para preencher minha vida, meus espaços, ou o que acredito ser o real motivo do meu desejo de rever pessoas tão queridas: buscar, no passado, a minha real identidade.

Tive uma época boa na escola, tranqüila, mas com a emoção contida, com uma certa sensação de inadequação, como se eu não devesse estar ali, mas sempre quis estar, sempre quis participar, mesmo fazendo pouco, queria estar no meio.

Muitas vezes me frustrava por não ter tido a melhor idéia, o melhor trabalho, a melhor nota, mas nestes momentos sempre contei com a amizade das pessoas e com o carinho que tinham por mim ( carinho que às vezes eu não reconhecia ).

Ajudar sempre foi a melhor maneira de retribuir ou de conquistar.... E não posso negar que usei e abusei dessa vontade. Adora ajudar a achar os caminhos, a desvendar como chegar, a procurar, vasculhar.....Ah, como era bom!!!!

Sair da escola teve um sentimento duplo: medo e satisfação.

O medo sempre em primeiro lugar porque o desconhecido sempre e sempre assombra e a satisfação era por ter conseguido chegar ao fim de uma trajetória.

Teci meus caminhos, não posso negar a falta de habilidade com os buracos que surgiram, mas fui seguindo, remendando ali e costurando ali, mas sempre em frente.

Aos poucos me descobri alguém onde os sentimentos transbordavam, e muitas vezes vazavam, deixando um vazio, uma abertura na alma.

A determinação me guiava e reforço que não foi nada além dela que me fez comprar a idéia e o desejo da Paty B. e ir atrás destas pessoas que foram motivo da minha admiração e foco da minha saudade.

Estamos no 7º Encontro de Ex-Ennianos e o que sinto é basicamente o que senti no 1º. Muita expectativa, muita vontade de dar certo e muita saudade entre todos.

Os olhares e as conversas refletem isso, nos faz pensar: “ por que não aconteceu antes ? “, mas tudo tem seu tempo, tudo tem suas possibilidades.

Eu estou feliz. E essa sensação sempre me invade após um encontro tão bem sucedido como foi o último e quando paro para olhar as fotos e relembrar os momentos vividos a sensação que me invade é a da mais pura emoção, da mais pura felicidade.

De certa forma me sinto ajudando os amigos novamente, desta vez a reatar laços perdidos, relembrar emoções vividas e restabelecer o que o tempo tentou mas não conseguiu acabar.

E é assim. Se dá trabalho? Claro que dá. Tudo que fazemos com amor e dedicação nos dá trabalho, mas a satisfação depois compensa qualquer trabalho.

Eu recomendo a vocês experimentem a sensação de rever amigos queridos, nada no mundo é tão satisfatório.



Beijos a todos.

domingo, 20 de março de 2011

A MENSAGEM DEIXADA POR TI TI TI

Não sou noveleira, dessas que necessitam de 5 doses diárias de histórias alheias para poder sobreviver, mas gosto de um folhetim quando bem contado e  foi assim com TI TI TI.

A novela veio com a promessa de um remake.
No início queria ver por conta dos principais: Jaque Leclair e Victor Valetin, anteriormente representados por Reginaldo Farias e Luís Gustavo,  e nesta versão, por Alexandre Borges e Murilo Benicio. Eu não acreditava que pudessem dar conta do recado. Que surpresa a minha!!!

                           


Acompanhei a novela, perdendo alguns capítulos eventualmente, só para dizer que eu não era obcecada ( kkkk), não sei a quem eu queria enganar.

Bom, por partes:

- esqueci que se tratava de uma novela baseada em outra dos anos 80, ótimas novelas foram vinculadas nessa década.

- a novela em questão era uma junção de duas ( TI TI TI  e Plumas e Paêtes), o que promoveu um dinamismo à trama que não estávamos esperando, toda novela tem um período de marasmo,

- e claro, a moda estava em foco, mas nos bastidores, o que deu o encantamento à trama foi o amor....

E é sobre isso que quero falar: O AMOR

Sou muito romântica, mais do que gostaria e vendo na tela de TV os personagens em dramas sentimentais tão parecidos com os que eu vivi ou possa vir a viver, me comovia.

Lógico que tinha os vilões, sem eles não valorizamos as coisas boas, queremos matá-los, mas na ficção eles podem aparecer.

Minha personagem preferida era a Marcela. Uma moça tão doce e determinada, tão correta e dividida entre o amor de dois homens, que ela amava de formas diferentes.

O Ariclenes ( Victor Valentim ) era a mistura do bom e trapaceiro, mas também com um mundo intenso dentro de si, apaixonado pela ex-esposa, e eternamente grato pela ex-namorada da mocidade.

A moça seduzida que consegue dar a volta por cima, a doce senhora que se entregou à loucura por não conseguir enfretar a desilusão amorosa, a garota perdida entre os egos dos pais, o amor da adolescência ( tão confuso e complexo, mas tão bonito....), a perseverança no mar das discórdias....


Fiquei imensamente comovida com o último capítulo, onde Marcela entrega seu amor ao homem de sua vida perdoando-o pelos erros cometidos em seu desespero por ver seu doce amor ir para os braços de outro. Eu não teria essa generosidade, e morreria infeliz. Realmente é necessário acreditar no amor para que ele apareça de verdade, para que ele procrie, para que seja tocado.

A suavidade e a delicadeza da trama, na pregação de que o amor, independente da sua sexualidade ( tivemos dois casais de homossexuais: 1 masculino e 1 feminino ), do seu ponto de vista, das suas atitudes ( até a Luisa conseguiu ficar com alguém), da sua idade, sempre é possível encontrar alguém, desde que se esteja disposto a isso, desde que tenha coragem de assumi-lo perante o mundo e nem ligar para os outros apenas para a sua felicidade, sua harmonia.

O amor faz bem para a alma, para a pele, para a vida.

É sempre uma aventura.....

Eu acho que já me aventurei bastante, posso ter outras emoções, mas por hora curto a emoção dos outros... Adoro.

Acredito que sou otimista, que todo mundo tem que ter um amor, conhecer, sofrer, curtir, se deliciar, viver completamente....e depois, se acabar não vai fazer mal, pois foi intenso, profundo.

Gosto de filmes românticos, tristes e doces..... Tenho 3 que já assisti várias vezes: Dirty Dancing, O Diário de Uma Paixão e As Pontes de Madson.

Quando puderem assistam, são histórias lindas e profundas, amei.

Espero que eu tenha conseguido passar a minha visão da novela, e contagiar um pouco vocês...



Um beijo e uma doce semana.

Vou sentir falta da minha novela predileta...

Não se esqueçam: acalentem o Amor, vale a pena.

VOCÊ, O FENÔMENO

Às vezes fico pensando como as coisas são estranhas e sem um pingo de coerência....

Ronaldo, o Fenômeno, se aposentou há algumas semanas. Houve uma comoção, uma indignação geral, muita choradeira. Afinal o ídolo está doente, tem dores horríveis no joelho e não consegue perder peso devido ao hiportiroidismo. Pobre Ronaldo....

Realmente é digno de compaixão, mesmo que tenha todo o atendimento disponível, toda a estrutura para ser cuidado e se cuidar.

Sua aposentadoria, após os anos trabalhados, deve ser milionária, mas são detalhes, afinal ele deu tanta alegria aos brasileiros...

E o povo brasileiro pára sua vida para se emocionar com a história de seu ídolo, mas não olha para a sua própria história.

Vamos fazer um parâmetro:

Ronaldo trabalhou uns 15 anos, fazendo o que gosta e ganhou milhões de reais e dólares, acidentou-se durante o trabalho, ficou afastado meses, fez cirurgia, depois fisioterapia, medicamentos e afins.

Quando perceberam que após todos os tratamentos ele não se recuperaria, foi vendido para o Brasil, onde os brasileiros o recebe de braços abertos ( que honra.....o Ronaldo de novo em times brasileiros). Fechou contrato com um dos maiores times brasileiros, mas claro que não conseguiria honrá-lo, e quando a torcida, que queria muito de um Ronaldo que não poderia dar quase nada, resolve se aposentar.

Agora “nóis”, o povão:

Trabalhamos no mínimo 25 anos, durante basicamente 8 horas por dia, 5 ou 6 dias por semana, tudo monitorado bem de perto pelos superiores. Nem sempre gostamos da profissão que escolhemos, mas temos que por dinheiro dentro de casa, não dá para esperar se realizar no sonho da vida.

Caso nos acidentemos , tem que ir até o INSS, aguardar a perícia, dependendo do caso, se você tiver convênio médico, pode receber atendimento paralelo e retornar ao trabalho mais rápido, caso contrário vai enfrentar os postos de saúde ou os atendimentos públicos emergenciais, pode ser rápido , mas pode demorar.

Enquanto isso, você e sua família serão prejudicados, se após 15 dias, você não puder retornar ao trabalho, terá que entrar na “caixa” e dependendo do tempo que ficar nela, da empresa que estiver trabalhando ou do cargo que ocupar, após o prazo legal poderá ser dispensado dos seu trabalho.

Olhando para essa exposição, será que você realmente acha que o fenômeno é o Ronaldo?

O real fenômeno é você, somos nós, que dia a dia, temos que matar um leão para conservar o emprego, dois leões para ter comida na mesa e pagar todas as despesas que só aumentam neste País governado por Robins Hoods às avessas.

Levantar cedo, espremer-se em transporte público lotado ou ficar horas e horas parados em congestionamento, perdendo vida e achando que está tudo normal. Passar horas desenvolvendo nossas funções, engolindo sapo, rezando para o fim do dia, da semana, do mês, do ano chegar para recebermos o salário e às vezes um aumento, que normalmente já está comprometido pelo aumento das despesas .

Minha indignação (?) não é contra o Ronaldo, mas sim contra os valores que adotamos como nosso. Será que seremos um País de Robins Hoods para o resto da vida, com valores distorcidos e falsos heróis?

Em breve, pessoas que ralaram para chegar em um nível intermediário financeiramente não terão espaço neste país, pois as bases dominarão os estudos particulares por conta das infinitas bolsas oferecidas a eles e os estudos públicos serão destinados às classes superiores.

Não vamos saber o que é melhor para os nossos filhos, e muitas vezes nem para nós mesmos, mas precisamos aprender e tenho fé que aprenderemos.

Não critico o Ronaldo em si, ele tem a vida dele, já que deram oportunidade, ele agarrou, mas nós brasileiros em geral temos que aprender que o País em que vivemos é muito mais do que Futebol, Carnaval e Bolsas Beneficentes.

É necessário criar dignidade e respeito num País com tantas possibilidades.



E, por favor, reflitam antes de me criticarem.....



Beijos a todos....

quarta-feira, 2 de março de 2011

DEBRUÇADA NA JANELA

O tempo passa, às vezes devagar, às vezes depressa, mas sinto que certas coisas nunca mudam.
Acho que as pessoas são tão invandidas em suas vidas, tão magoadas, que acreditam que a história consiste em dar o troco, pois assim sentirão menos dor, mais fortes. Será verdade?
Ferir ao outro traz felicidade? Acredito que momentâneamente sim, mas depois de algum tempo tudo volta para onde estava e só a alma fica manchada pela tristeza e a raiva.
A necessidade de estar certo sempre, de querer indicar o caminho sem ao menos ser questionado sobre ele pode causar um certo mal estar nas pessoas, afinal cada um trilha o caminho que deseja, e compra com isso o direito da liberdade de escolha. Claro que não quer dizer que estará certo sempre, mas tem todo o direito de seguir por onde desejar, com os riscos que isso possa oferecer.
querer estar certo sempre significa apenas medo. Medo de tentar deixar a vida entrar pela janela e invadir sua alma, seu coração.
Não sou santa, e várias vezes senti essa coisa de querer vingança, de querer magoar a pessoa até ter certeza que sua alma estava sangrando como a minha sangrou, já tive ímpetos de querer esfolar alguém com a certeza absoluta de que isso me faria sentir melhor, mas hoje tenho certeza que não faria.
Nada pode melhorar a dor que se sente, somente o tempo e a vontade de seguir é que tem o dom de diminuir sentimentos ruins, ao ponto de exterminá-los.
Fiz as pazes com minhas bruxas, e decidi que posso ser melhor, afinal estamos aqui para isso. Fácil não é, exige muito mais do que boa vontade, exige acreditar em si, que pode fazer um mundo melhor, uma vida melhor  ao menos para você.
Tenho observado a minha vida, e a certeza que tenho é que preciso dar a direção a ela, fazer dela minha de verdade, minha prioridade.
O primeiro passo é coberto de mudanças e de estratégia, mas vou aos poucos, conseguir. O importante é transformar meus sonhos em projetos e os projetos em realizações.
O que me barrava era o medo, mas ele se foi, e deu lugar a algo poderoso que eu não conhecia muito bem, um novo sentimento...DETERMINAÇÃO.
E para tudo isso aprendi: o que os outros estão fazendo não é problema meu, cada um tem direito de ser feliz ou infeliz como deseja.
Eu descobri o sabor da DESCOBERTA, se para os outros está bom ou ruim é problema deles, porque para mim o que importa no momento é dar um passo de cada vez, olhando bem qual o tamanho do passoa ser dado.

O importante não é o que estou fazendo, mas sim para quem estou fazendo e enquento manter este foco, estarei seguindo o caminho correto, sem incomodar ninguém e sem me abalar com as pedras que o caminho oferece.

Para vocês, boa reflexão e muitos beijos.

Meu maior desejo que sejam felizes.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

PARE TUDO!!!!! QUERO DESCER DESSE MUNDO LOUCO!!!

A frase acima reflete tudo mesmo que ando sentindo:  uma vontade de descer do mundo.....

Não me sinto preconceituosa, e também não acho que sou a dona da verdade, mas quando algumas pessoas fazem coisas que acho decepcionantes ou vejo comportamentos que não concordo me sinto no direito de expor minha opinião.

Fico observando e acho que estou fora do conceito, afinal batalhei a vida toda porque queria ser independente, briguei várias vezes por achar que certos direitos me pertenciam, e claro tive que aprender que a vida não era do jeito que eu desejava que fosse, mas nunca fui acomodada.

Namorei 7 anos, e só fiquei grávida depois de casada, no momento que achei oportuno.

Queria mais e mais, mas me sentia velha aos 30 anos, então direcionei para a família.

Enquanto solteira viajei o quanto pude, “namorei” muito, queria viver tudo intensamente, queria achar meu caminho, ver meu destino, mas queria ser responsável somente por mim, em minha cabeça havia uma meta: viver, crescer e construir.

Não nego que perdi algumas oportunidades, na maioria das vezes por insegurança em outras  realmente não sabia nem se estava no caminho certo. Hoje percebo que era muito nova,  muito cheia de certezas que não tinham fundamentos. Tive que experimentar todas elas  e muitas vezes engoli-las no café da manhã, almoço e jantar. 

Não importa, aprendi e o resultado de tudo isso é uma mulher madura e certa de que nada é realmente real até que você passe pela situação, não dá para dizer que fulano e beltrano está errado ou certo, a vida cabe ser decidida por quem a vive.

Como todos sabem não sou perfeita, muito pelo contrário, tenho inúmeros defeitos e entre eles assisto BBB 11 e na última eliminação ( terça -feira, 25/01) vi várias cenas que fiquei chocada: os dois rapazes num agarramento, nuns beijos e abraços dignos de um casal, isso porque ambos são muito “machos”, cheios de músculos e caras e bocas, fiquei chocada. Se ainda fossem amigos de anos e anos, eu até dava um desconto, mas “amigos” de duas semanas????? Conta outra.

Por isso que dou o maior valor para os homossexuais. Pensa se não é muito mais sinal de hombridade assumir a homossexualidade?

Outra coisa: sempre fui muito curiosa, determinada, questionadora e atualmente tenho observado algumas coisas aqui e ali.

Como disse acima sempre quis me manter, sempre quis ser livre, nunca consegui olhar para um cara e pensar: “ ele é legal porque pode me sustentar”. Talvez estivesse errada, mas eu sempre tive a certeza que poderia me manter sozinha, depois da separação isto ficou mais forte e concluí que compro qualquer briga.

Observo essas meninas de hoje: 16 a 30 anos, muitas delas parecem estar esperando o príncipe encantado, ou quando o encontram e descobrem que ele é um sapão ( porque poucos não são ), se decepcionam e tentam salvar um relacionamento que não existe mais, às vezes nunca existiu, e deixam a tristeza invadir a alma.

Queria saber o que aconteceu, juro que queria. 

Lógico, que dependendo da idade temos um sonho de conto de fadas, onde tudo dá certo , onde tem flores e pássaros e uma linda festa com vestido de gala, só que as coisas não param aí.

O amor é algo que deve ser cultivado dia a dia, exige paciência, bom senso, carinho, afeto, compreensão, afeição, entendimento e prazer e mesmo assim pode acabar um dia e não há pecado nisso, o tempo muda as pessoas e altera seus desejos, seus prazeres ( assista Divã e Sherek – 4 ) ) e ninguém é obrigado a conviver com ninguém, mas deve sempre ter o respeito pelo outro e acima de tudo o respeito por si.

Digo a quantos ventos quiserem ouvir que nasci bem pouco para o casamento e muito para ter filhos. Talvez porque filhos fascinam, nascem de dentro de você, são seus tesouros; marido exige muita paciência e toda a receita acima, além do que percebi que sou como pássaro...preciso voar para ser feliz.

Tenho a sensação que algumas meninas não pensam assim, acreditam que o casamento pode mantê-las felizes, sem nenhuma dedicação a mais, e filhos complementam isso, mas depois acabam se desenganado e se desesperam ao perceber que tudo não é tão lindo como imaginava.

Num país onde o custo de vida é caríssimo e que temos que batalhar muito para ter qualquer coisa e dar o melhor para nossos filhos não tenho tanta certeza disso....mas existem as bolsas.....outra coisa que também não acredito, não concordo.

Talvez eu esteja errada, mas espero que meus filhos tenham uma cabeça parecida com a minha e consigam seus objetivos, antes de terem um envolvimento sério e ter filhos.

Porque é muito bom tê-los, mas temos que curtir, que cuidar, que amar, educar, e eles não tem manual e também não são como bonecas, são pessoinhas com vontade própria e a cada  geração muito mais espertos do que a gente, desafiadores, mais difíceis de controlar, mais difíceis de aceitar, já que entram em confronto sempre.

Pois é, ando assim meio desanimada e triste com essa geração que reavivou o “golpe da barriga”,  que mata e morre por decepção amorosa, que espanca por amor, e nega o direito ao próximo de ser feliz sem perceber que viver ao lado de uma pessoa infeliz gera apenas tristeza para todos.

Por isso que quero descer, preciso de um mundo mais coerente, afinal de contas não é por esse motivo que somos racionais?

Um beijo a todos.....