Sempre achamos que a morte é algo que acontecerá um dia, e que este dia está tão distante que pode ser que nem aconteça.
E então aproveitamos nossos dias na Terra para ir atrás do que achamos importante: dinheiro, poder, estatus.
Será, realmente, que a importância desse fatores é tão grande assim?
Quando partimos levamos conosco apenas o amor e o carinho que
conquistamos, as lembranças felizes que deixamos, os momentos que
compartilhamos e o tempo que dispomos para visitar, conversar, ouvir e
consolar outras pessoas. Solidarizar-se mesmo com aqueles que não temos
muita intimidade nos faz mais humanos.
Tive uma semana um tanto incomum, minha prima faleceu na segunda-feira,
estava com câncer maligno no pâncreas. Acompanhei parte do sofrimento
dela, no período de 3 semanas. Sem a ajuda necessária do parente mais
próximo, que por motivos particulares não se dispunha a levá-la ao
hospital, nem acompanhá-la às consultas, contava com a ajuda e a bondade
dos vizinhos e amigos próximos.
Novinha, 36 anos, deixou uma filha de 8 anos e muita tristeza.
A vida abandonou seu corpo rapidamente, e no intervalo de 2 meses após a certificação da doença, ela se foi.
O
fato mexeu com todos: comigo por causa das minhas crianças tão amadas,
com a minha irmã porque aponta que a morte não escolhe idade, nos demais
talvez alguma coisa na consciência ou mesmo a certeza de que a vida é
frágil e que nós somos apenas um sopro, o sopro que Deus depositou em
nossos corpos no momento em que nascemos, mas que pode ser arracando
quando Ele achar necessário, por motivos que só Ele conhece, neste caso
para diminuir o sofrimento dela.
Ninguém sabe qual será a hora certa de cada um, ninguém sabe qual será o
motivo; mas é urgente que estejamos preparados para deixar sempre uma
atmosfera de paz e amor em nossa partida.
Não negue ajuda se pode
fazê-lo, não diga palavras duras que possa se arrepender depois, ame
profundamente e sempre, respeite o outro, e deixe que ele arque com as
responsabilidades se não te respeitar, seja feliz e procure viver cada
dia como se fosse o último, como dizia Renato Russo, em Pais e Filhos:
" ...É preciso amar as pessoas como se
Não houvesse amanhã.
Porque se você parar para pensar,
Na verdade não há...."
E a vida é isso: frágil e rápida, escapa
de nossas mãos como a água, por isso devemos sorvê-la, esquecer
pequenos aborrecimentos ou desaforos. Quem você ama deve vir em primeiro
lugar, quem você não ama não faz diferença em sua vida; siga em frente,
com fé em Deus, e alegria no coração, porque dessa vida só se leva o
que realmente importa.....a paz e o amor.
Que seu espírito esteja em paz, e que os mais próximos encontrem a compreensão e aceitem aos poucos a sua partida.
Boa reflexão, beijos para todos.
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