Hoje em dia, onde tudo é público e notório, a privacidade tornou-se sensação de museu.
Eu mesma já abri uma fresta na minha história para divulgar um evento, não intencional, mas aconteceu.
Normalmente sou muito discreta, procuro manter minha vida particular guardada a vinte chaves.
As alegrias extravaso, as tristezas guardo, e rumino para entendê-las e me entender, até passar, choro por dias às vezes, quietinha no meu canto, eu e meus sentimentos em pedacinhos, parece que vou colando-os um a um para poder recomeçar.
Sou assim: um poço profundo, mas límpido, tão fácil perceber meus sentimentos, tão difícil entendê-los...
Às vezes, olho ao redor e percebo as pessoas dando palpites na vida alheia, sem saber se o que estão falando tem fundamento ou não. Atirar pedras é sempre confortável, desde que as mesmas não volte para você....
Quando alguém pergunta minha opinião eu sempre pergunto: “o que quer fazer?” Decisões sobre a vida alheia são sempre complexas, difíceis....Hoje me comprometo a ajudar a visualizar as situações através do meu ponto de vista, o que não quer dizer que seja a forma correta, mas é um modo de pensar de quem está de fora, vendo através de outra dimensão, mas jamais dizer que eu estou certa.
Não dá para tomar decisões pelos outros, nem palpitar muito, impor minhas vontades ou meus desejos, até porque não ando muito certa nem das coisas que faço na minha vida, quem dirá ter o poder de induzir alguém ao caminho correto. Seria muita petulância minha.
Acho que o respeito ao espaço alheio, suas limitações, seus desejos, seus anseios, mesmo que não seja coerente com o que você pensa ou vive é fundamental. Cada um sabe do que precisa, do que acha necessário para si. Naquele momento pode ser errado para quem está de fora, mas posso garantir que não é errado para quem está de dentro, às vezes precisamos bater a cabeça para saber se realmente dói.
Cada pessoa é única e dentro desse universo sempre tem o direito de errar, de acertar e de tentar, e se tiver dado tudo errado....o próximo passo é recomeçar.....
Sei o quanto é difícil ver alguém que se ama ir na direção errada por conta das escolhas que executou, mas faz parte do crescimento, sempre.
Bom, nesses tempos de Internet onde tudo se sabe, tudo se vê, tudo se compartilha, sempre tem que deixar um espaço mínimo para o respeito, para a privacidade, o espaço alheio, as escolhas de cada um, nem que este espaço seja a janelinha do MSN....
Beijos,
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