quarta-feira, 28 de outubro de 2009

SENSAÇÕES.....


Hoje assisti um filme e fiquei pensando....

O filme era o "Divã", a história, muito emocionante, diria, tocante, pela sensibilidade que os assuntos são levados à baila, no final, a gente fica pensando: a vida é simples, nós é que complicamos. Lília Cabral estava magnífica no papel de Mercedes, mais ou menos quarenta anos, vinte de casada. Um casamento bom, mas sem tempero, sem emoção, sem mistério, sem surpresas; onde os sentimentos perderam o brilho, perderam o sabor, perderam o gosto.Eu, de cima dos meus quase 40, já fiz boa parte dos questionamentos que passaram pela cabeça da personagem, mas quem não fez?

Há mais ou menos 2 anos e pouco, me separei, depois de um casamento de quase 7 anos e um namoro e noivado também de 7 anos, exatos 14 anos de uma vida.

Quando me casei tinha um mundo de expectativas, um mundo de sonhos. Acreditava que meu companheiro tinha os mesmos desejos e sonhos que eu, talvez até a mesma coragem de correr atrás dos desejos, ledo engano.

Com o decorrer do tempo, fui percebendo que a pessoa que estava ao meu lado não sonhava em construir, sonhava em viver uma vida acomodada, sem perspectivas e deixar tudo exatamente do jeito que estava. Aí não tem sonho que sobreviva.

O sonho desandou, a paciência se esvaiu, o brilho ficou fosco, e de repente, havia um oceano entre mim e aquele que um dia achei que tinha amado. Talvez até tivesse amado mesmo, mas os sentimentos foram devorados por diversas situações que causaram a sua morte, lentamente.

Demorei muito para enterrar todas essas sensações, fiquei velando a situação por medo ou sei lá por que, até que em determinado momento o enterro saiu e nesse momento que eu percebi que o que eu precisava era só ter coragem; coragem para assumir para mim que eu seria capaz de conduzir a minha vida sozinha, afinal eu já fazia isso, só não percebia.

Lógico que a vida não é fácil, eu sempre tive alguma ajuda, principalmente do pessoal mais próximo ( minha mãe, minhas irmãs, minha prima, meu cunhado ), que me ajudaram a segurar a barra.

R E C O M E Ç A R é díficil, principalmente quando você tem filhos pequenos, mas na maioria das vezes são eles que dão a força principal para seguir.

O que sei é que sempre há uma saída para a felicidade, Às vezes não é como desejamos, mas sim do jeito que precisamos.Hoje sei que posso conseguir tudo o que quiser, com calma e paciência, pois as coisas acontecem aos poucos e no momento certo, sempre.

Sei também que a felicidade deve ser regada todos os dias, mas que ela está apenas em um lugar: dentro da gente, se ela não estiver aí, não adianta procurar em outro lugar, não vai encontrar.

Príncipes e princesas, não existem. Todos temos imperfeições, defeitos e manias, mas todo mundo pode achar alguém legal para multiplicar o que tem de mais importante numa relação a dois: companheirismo e amor. E claro, sempre mudando o tempero para não cair no marasmo.

Depois de tudo que vivi a única certeza que tenho é que valeu a pena, as partes boas e principalmente as ruins que nos ensinam a valorizar as boas cada vez mais.Hoje sou muito feliz, me sinto livre para externar meus sentimentos, para abraçar meus amigos, para cantar as músicas que eu quiser, para brincar com meus filhos, sem precisar ser a vilã sempre, sendo apenas H U M A N A.

Não descarto o Amor ou a emoção de ficar ou de gostar de alguém novamente, só não tenho pressa, pois aprendi, como já disse, que tudo tem o seu tempo, sua hora.


Beijos, Amigos e até a próxima....

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