quinta-feira, 21 de abril de 2016

PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DO IMPEACHMENT

Queridos,

Observo essa movimentação política, essa cidadania e democracia saindo pelos poros, essa coisa que você tem que se definir como posição ou oposição e penso: será que as pessoas sabem o que estão fazendo?
Alguns tenho certeza absoluta que sim, outros certeza absoluta que é embalo, mas vivemos num País democrático, mesmo que democracia para mim seja você fazer a minha vontade.
Não sou posição nem oposição, sou cidadã brasileira, trabalhadora, que todos os dias levanto e tenho que ir trabalhar, porque não tenho nenhum tipo de bolsa para me ajudar, e se ocupo o cargo que ocupo é porque, durante anos, conciliei trabalho e estudos.
Então não acho justo certas justificativas.
Certa vez li no face de um amigo uma postagem assim: Só quem nunca precisou do Bolsa Família é que critica a iniciativa.
Bom, por partes:
- acredito que os programas do governo tem uma porcentagem de coerência, no entanto, o que prejudicou o seu andamento foram as regras para utilização, os amigos dos amigos, dos amigos, que acabam usufruindo e por vezes não precisam disso; os desvios, o uso indevido, tudo que não é possivel fiscalizar, desta forma a benfeitoria que seria somente para os necessitados acaba benenficiando quem possui qualidade de vida;
-não sou contra, mas acho que um programa, qualquer programa que tem como objetivo beneficiar alguém não pode ser por tempo indeterminado, assim como deve estabelecer metas com o objetivo de encurtar ao máximo o tempo de uso do mesmo;
- e, aos socialistas de plantão: se não tivermos uma economia forte, com empresas que estejam bem financeiramente para suprir o que move um País que é a cxompra e venda,quem vocês acham que vão custear os programas do governo? Afinal, o governo vive dos impostos e de todo o movimento que o capitalismo desenvolve, sem isso, não existe programa social.
Se é justo ou não que a Presidente sofra um impeachment não é da minha alçada decidir, mas é bem fácil de se saber, um exemplo :
Temos (povo)  um comércio, e para dar conta de tudo que é necessário fazer contratamos um gerente ( presidente), durante um período esse gerente fica tomando conta geral das coisas: compra, venda, manutenção, estoque; e nós tranquilos e com a certeza que o negócio tá crescendo, acreditamos no gerente e deixamos ele fazer o seu trabalho. Como tá tudo certo ( 1º mandato), deixamos a coisa como está porque time que se ganha não se mexe.
Em dado momento, começamos a receber reclamações sobre gerente (2º mandato), mais e mais reclamações e por fim o gerente diz que vai sair e apresenta ao dono do comércio uma amiga de sua extrema confiança para assumir seu posto. Contratamos a amiga, crente que ela será tão eficiente quanto o anterior, mas percebemos que o comércio não anda tão limpo como antes, tem algumas reclamações dos consumidores, os clientes estão se afastando e os credores começam a bater na nossa porta. E o dono do comércio pergunta: o que está acontecendo?
Contrata empresas terceirizadas para investigar porque suas finanças, que estavam tão bem, agora não estão mais, e descobre: o gerente desviava verbas, ao invés de contratar pessoas para fazer a manutenção do comércio, ele mesmo fazia e  desviava o dinheiro para do conserto para seu bolso, entre outras coisas mais.
O comerciante foi roubado, e então começou a desconfiar também da amiga de confiança do ex-gerente. Investigou e descobriu que ela não roubava, nem desviava verbas, mas de forma indireta, continuava favorecendo seu amigo, ao ponto de tentar arrumar um emprego para ele num dos fornecedores novos da empresa (cargo de Ministro).
Com uma situação dessa, sendo nós os donos da empresa (Brasil), que posição você tomaria?
Não importa se você não participou diretamente da ação, se não pôs a mão na massa, mas se foi conivente, se criou meios para que as coisas acontecessem, também é culpado.
Sou a favor do impeachment sim, tenho plena consciência que não existe hoje no País um ser capaz de assumir a cadeira da presidência e tomar as providências necessárias para deixar nossa nação maior, pois a corrupção e a desonestidade está dentro das "qualidades" para ser um bom político, e na realidade isso precisa mudar.
Esse movimento todo é um alerta: estamos vendo o que vocês estão fazendo; mas acredito que precisamos de mais, precisamos de um movimento que diga: cuidado, agora já sei do que sou capaz, porque independente do lado que estejamos o mínimo que devemos exigir dos nossos eleitos é respeito com a população, interesse em resolver os problemas de ordem pública e principalmente ter em mente que os donos da empresa somos nós.

Boa reflexão para todos.




quarta-feira, 16 de março de 2016

QUE PAÍS É ESTE?

Renato Russo era sábio e em sua sapiência também era poeta, e em sua poesia traduzia nossas angústias em música, músicas que se tornavam hinos.
Sou brasileira, e nunca pensei em deixar meu país, nem em meio à crise que o comete, que Não é  apenas financeira, é política, é de valores morais e éticos, que deixará sua marca em nossa história, principalmente se forem tomadas atitudes  reais e drásticas.
Entendo as manifestações, os gritos de guerra, os panelaços, entendo também as brigas por um país melhor.
Dificil de entender é como um povo que, tem por característica sempre dar um jeitinho, queira políticos e representantes honestos e sem mácula.
Sei também que a atual representante do país quase não foi reeleita, que a diferença foi mínima, o que já seria um motivo para rever sua forma de governar, mas não aconteceu.
Nunca se falou tanto em impeachment e também nunca se viu tantas manobras para que não acontecesse,tanta sujeira, e o sentimento de frustração.
Democracia ganha outro sentido neste país: todos tem direito, mas só alguns tem deveres, além de outros, que se aproveitam dos direitos, desviam dos deveres e ainda procuram levar vantagem em cima da população.
E neste momento, onde a população se une para fazer manifestações, passeatas, e tantas outras formas de demonstrar sua insatisfação com a vida pública do País, devemos parar um momento para refletir sobre nosso comportamento perante os fatos do dia a dia, o quanto somos ou não parecidos com o "povo" que elegemos, se nosso comportamento diário não tem traços do que criticamos no outro pois escolhemos nossos representantes, e só vamos concordar com quem tem as mesmas ideiase ideais que nós, não adianta apontar o dedo e querer não pagar imposto, ou subornar o guarda.
Então, além de tudo que está acontecendo, devemos pensar com carinho e atenção em tudo, porque não basta tirar quem está e num próximo momento eleger parecidos com eles, o ideal é mudarmos nossa atitude e eleger para nosso País representantes a altura do povo que vive aqui, com principios, caráter, moral e pensamento global, não individual. 
Quem governa deve fazê-lo pelo povo, e não por si.