quarta-feira, 16 de abril de 2014

"...CAMINHANDO E CANTANDO E SEGUINDO A CANÇÃO/ SOMOS TODOS IGUAIS, BRAÇOS DADOS OU NÃO..."

Ao som dessa música encerrava-se todos os eventos na escola em que eu estudava.
E através da diretora da escola outras músicas e outros conceitos foram entrando na minha vida.
Há anos realizo encontros dos alunos da época que estudei. Incialmente a vontade de rever as pessoas é que foi assegurando as reuniões, mas percebi que fazia isso mais pelos outros do que por mim, então o que será que me movia para seguir?
Talvez eu quisesse retomar a adolescência.... não isso não era verdade, pois a fase da minha vida que estou hoje para mim é a melhor.
Talvez eu quisesse rever algum ex-namorado, isso também não, pois não tive namoricos na escola.
Talvez eu quisesse restabelecer a atmosfera que eu encontrava no lugar, entre as pessoas que eu cresci, e onde certa forma, comecei a formar minha personalidade.
Com exemplos aprendemos a respeitar o próximo, a ajudar quem precisa e a valorizar qualidades as nossas e as dos outros.
Ser rígido não significa não dar atenção nem amor, significa ter conceitos fundados e estender a mão para quem está à beira do abismo, impedindo-o de pular, mesmo quando ele acha que ninguém vai se importar.
Éramos uma geração em transformação, onde nossos pais estavam reaprendendo a viver e nós também, todos aos trancos e barrancos.
Tínhamos mais liberdade para brincar, para viver certas emoções que hoje já não acontece.
Íamos levando.
Na escola eu me sentia em casa, talvez por isso tenha gostado tanto da Saga Harry Potter, era acolhida, reconhecida e mesmo em meio há tantos alunos, eu era notada. Sabiam meu nome!!!! Percebiam quando eu não estava bem emocionalmente...
Isso para mim era um alento, primeira filha de três, onde havia um intervalo de 5 anos entre mim e a do meio, eu realmente fui meio que esquecida entre tantos choros, birras e manhas.
Na época do ginásio ( atual fundamental II), eu era muito dedicada e acabei por me sobressair em matérias que a maioria não era muito afeita, e gostava de ajudar, gostava de ensinar, e isso culminou com uma sala de estudos, cedida por esta diretora que enxergou que seria muito mais proveitoso repassar a matéria semanalmente com os alunos do que no fim do ano, quando a esperança já havia acabado.
Para mim era magnifíco poder ajudar, ter meus amigos junto comigo no ano seguinte e batalhar por eles, brigar junto, me sentir no meio, interligada há alguma coisa.
Esses sentimentos eu não sabia na época, ia vivendo, mas hoje, parando e olhando para o que passou percebo que muito de mim foi formado ali, entremeio aquelas paredes de pedra, que ao contrário do que se possa imaginar, não eram frias.
Cada um do meu grupo tem uma recordação boa para contar, algumas pessoas tem muitas recordações, outras se escondem com medo do passado voltar ( como se isso fosse possível ), mas estamos aqui, de uma forma ou de outra, todos seguiram seus caminhos e os que se deixaram influenciar só colhem bons frutos, porque semeamos boas sementes.
Não somos perfeitos, mas talvez valorizamos o que é essencial: amor, carinho, respeito, responsabilidade...
Algumas coisas precisamos tentar mais: perdão, tolerância, paciência, comprometimento...
Estamos aprendendo, todos os dias, todas as horas são momentos, são oportunidades para nosso aprimoramento pessoal.
Eu estou no caminho, quero muito ser melhor e expandir o que aprendi, semear...
Faço isso com meus filhos, ou ao menos tento fazer, e vou seguindo: "...Caminhando e cantando e seguindo a canção/ somos todos iguais, braços dados ou não...."
Porque o que realmente importa nesta vida são quantos corações você conseguiu tocar e não quanto dinheiro conseguiu juntar.
As emanações de alegrias e amor seguem com você por toda a eternidade e os bens materiais vão ficar pela Terra......mais nada.

Boas refleções a todos e obrigada, Dona Olga, pelo exemplo, pela determinação. Muito do que sou devo à senhora.


Trecho da Música: Para Dizer que não Falei das Flores - Geraldo Vandré
Foto: olhares.uol.com.br

sexta-feira, 4 de abril de 2014

O QUE TIVER QUE SER, SERÁ!

Certas coisas acontecem na vida da gente em momentos que achamos que não vai mais.
Costumo dizer que o mundo gira e que não temos ciência do que esse giro pode fazer com nossas vidas, com nossos sentimentos.
Temos tantas certezas vazias, tantas convicções sem sentido, que quando nos vemos no giro da vida tudo vai por terra.
Quando cai a ficha de que somos seres humanos e na nossa vida somente importa o que sentimos e o que fazemos de bom para os outros e para nós, percebemos que viver é algo simples e fascinante e o que mais exige é coragem para seguir.
No decorrer dos anos vamos percebendo que as coisas não são do  jeito que queremos, mas como deve ser, e que por mais que você fuja, ali na esquina o que tiver que ser seu será, o que tiver que cumprir sua missão na sua vida, cumprirá, mesmo quando queremos fugir, ou não se entregar, em certo momento ocorre e pronto.
E temos a opção, sempre temos uma,  de seguir ou se ficar, viver,  e então ir em paz.
Ando me entregando às minhas emoções, aos meus desejos, pode ser que eu pague um valor meio alto por isso depois, mas, como diz Roberto Carlos:"...Se chorei ou se sofri, o importante é que emoções eu vivi...".
Conclui que sofrer faz parte do caminho e independe da sua escolha, sempre haverá um período onde tudo não andará do jeito que queremos, e então sofremos, a felicidade, com certeza, retorna depois.
Viver é isso: passar por paisagens, apreciá-las ou não e tirar proveito dos ensinamentos, sempre de forma positiva, pois mesmo quando a paisagem não agrada ela tem algo de bom para apreciarmos.

Reflitam....
Beijos a todos

Foto: blogs.jovempan.uol.com.br