E como é que fica a casa da gente?
Fica vazia, faltando aquele ser que te trazia alegria, que conversava e fazia de você alguém especial.
Realçava para sua alma o prazer de ser mulher, de ser inteligente, de poder dar ao outro o que tinha em ambundância: carinho, ideias, brincadeiras e imaginação.
Em contrtapartida recebia carinho, segurança, incentivo, apoio, cuidado....
Mas a vida, às vezes, nos dá determinados momentos para que saibamos que tudo o que desejamos é possível, no entanto, no tempo determinado, não quando se deseja ardentemente.
Limitações e opções fazem parte da história de cada um e nem sempre existe preparo e paciência para enfrentar o que se tem no momento.
E então novas oportunidades surgem e novas escolhas devem ser feitas, e na maioria das vezes, o mais fácil é escolhido, pode haver arrependimentos secundários, mas faz parte da tragetória.
Quando se perde algo que encanta, é preciso, acima de tudo, saber lidar consigo, com a dor, com a raiva, com a tristeza, com o desaguar, e tantos outros sentimentos que vão surgindo no decorrer do tempo, a tristeza é a que mais prevalece, se deixar ela se instala, se deixar ela toma conta porque é doninadora e se aproveita da nossa fragilidade.
É necessário seguir, tentar percorrer outros caminhos, pois a alegria e a felicidade conjunta pode estar em outra porta, em outra estrada.
Lembranças são impossíveis de apagar, vamos deixando para o tempo fazer seu trabalho, e vivendo outras emoções para se livrar das antigas, de todo o sentimento despertado.
Limpar a casa emocional é complicado, não dá para você reunir tudo e por no armário, esconder da vista porque seria mais fácil de esquecer, ou por na prateleira, em caixas sem identificação, para não ficar tentada em ir lá a todo momento e revirar as emoções e as tristezas.
Melhor é ir lidando com os sentimentos e ir tentando, pouco a pouco, administrar, chorar quando der vontade, e ir buscando outros interesses, outras mil maneiras de se distrair enquanto a vida encontra formas para seguir.
Fazia muitos anos que não me sentia assim, meio que injustiçada, roubada, mas sobrevivi antes e hei de sobreviver agora.
Beijos a todos....
Foto: conquistandoumavidacomsentido.blogspot.com