quinta-feira, 18 de setembro de 2014

4.3 - NOVAS HISTÓRIAS, NOVAS REFLEXÕES

Mais um ano completado, mais um aniversário comemorado, e a cada ano fico mais feliz.
Tenho batalhas para travar como todos, já travei muitas e ainda estou me levantando de algumas, tenho recaídas, olho para cima e levanto de novo.
Sinto que vivi meio que dentro de uma redoma de vidro desde que nasci até meus 28 anos, quando me casei. Achava que tinha uma visão muito realista da vida e de suas dificuldades, tinha plena certeza que casamento era lago complicado, mas tinha suas compensações.
O casamento realmente me ajudou, mesmo apresentando-se muito pior do que eu imaginava.
Acreditava que o ajuste seria feito aos poucos e tudo ia dar certo no final, mas esqueci que não podemos  controlar ninguém e achar que o outro vai entrar na mesma sintonia que você e trabalhar para isso.Pois é, não aconteceu. 
Filosofias diferentes, pontos de vista diferentes e outras coisinhas mais, foram minando os sentimentos que eu possuía, e a cada rasteira que a vida dava, eu ia ao chão emocionalmente, levantar era sempre uma opção, no entanto a cada queda se tornava mais difícil.
Minha vida estava num redemoinho: um bebê pequeno, o pai do bebê disputando a atenção, meu pai internado, contas atrasadas, marido desempregado, e eu no centro de tudo, tentando salvar as coisas, lutando sozinha. Não podia sobrecarregar meus pais, não podia contar com o pai do meu filho e ele não parecia muito preocupada com toda a situação, e em meio a tudo isso fiquei grávida novamente.
Acredito que foi a época mais complicada da minha vida, eu não sabia o que fazer, como agir, como seguir. 
Tudo acontecendo ao mesmo tempo, fui me sentindo impotente.
Tive problemas durante a gestação em decorrência da pressão arterial e diabetes gestacional tudo oscilando, como se estivesse na corda bamba...
Em meados de agosto de 2003 meu pai faleceu, no fim de outubro perdi um amigo muito querido e em 04 de novembro minha filhota nasceu, o pulmãozinho ainda não estava pronto e isto rendeu 3 dias de UTI Neonatal e mais um estresse, depois ela contraiu icterícia, mais 2 dias, eu sai do hospital, porque o outro bebê estava ficando triste, e deixei minha filha lá. A dor que eu senti ao sair com os braços vazios e as dúvidas que assolam a cabeça de uma mãe, foi tortuoso, ela saiu no 6º dia de nascida e fomos para a casa da minha mãe.
Nesse período todo, eu me questionava tanto, perguntando o porque de tudo ter acontecido tão rápido, me lamentava por meu pai não ter conhecido minha bebezinha, outras coisas aconteceram e a vida foi passando, e eu ainda apanhei muito por algumas coisas, sofria uns tipos de discriminação, me sentia fracassada, destruída e infeliz.
Muitas vezes quis fugir para um lugar bem longe, eu e meus bebês, mas nunca saí.
Aos poucos senti o amor pelo pai das crianças acabar, sentia um buraco abrir entre nós, mesmo quando ele estava do meu lado, e foi passando o tempo e ele ficando mais distante, até que descobri que estava me traindo e tudo acabou.
Foi difícil com as crianças, foi complicado até a separação sair, e no momento em que saímos do fórum com os documentos assinados, eu sabia que estava começando um novo momento da minha vida, era meu renascimento. 
Não quero dizer que a culpa foi dele, não totalmente, tive minha parcela, mas ele colaborou bastante.
Meu pai nunca nos deixou passar necessidades básicas, e casada em dado momento só tinha arroz e feijão em casa, e ouvia que ele tinha comido na empresa de refeição e que tinha comprado trufas e não sei o que mais para ele, enquanto eu e as crianças comíamos o que tinha, graças a colaboração da minha mãe
Foi um período terrível, onde tive que aprender muita coisa, num tempo curtíssimo, mas aprendi a: não julgar, não desfazer do que se tem, não olhar o que os outros tem  e batalhar pelo que você deseja, entender o outro (a gente não sabe pelo que está passando), a ouvir, a sorrir, a rir, a gargalhar, porque a vida é muito mais bela que qualquer coisa que possa acontecer. Aprendi até a lidar com o pai das crianças, a mágoa, a raiva, a dor e a indignação passaram, hoje consigo conversar com ele civilizadamente e até dar boas gargalhadas.
Tenho meus dias ruins, fico mal humorada, me irrito com facilidade em alguns períodos, não suporto adulação e admiro força de trabalho e disposição para fazê-lo, além da criatividade que algumas pessoas tem.
Foi um período ruim mesmo, mas se ele não tivesse acontecido eu teria aprendido a valorizar o que realmente tem valor? Será que eu seria tão flexível como sou hoje? 
Será que eu tria conseguido melhorar espiritualmente, ser mais desapegada de certas certezas? Ter um coração mais forte, mais justo, entender o que significa realmente estar sozinha?
Não sei. Deus tem seus propósitos, no meu caso Ele acertou em cheio. Tenho meus medos hoje, mas não me arrependo de forma alguma pelo que passei, além do que tenho duas razões fortíssimas para viver e o Senhor Deus sabe exatamente do que eu estou falando, ele mandou meus filhos para que eu não perdesse o rumo, sabia que luto melhor pelos outros do que por mim.
A vida sempre vai nos desafiar para saber até onde podemos ir, se eu achar que vale a pena, tô dentro, caso contrário dispenso.
Minha fase atual é a seguinte: qual é o prazer, o aprendizado  que vou tirar disso? Porque de resto quase nada importa, apenas viver....
A vida é mágica e sempre nos faz trilhar os caminhos que precisamos para alcançar a maturidade e a felicidade

Boa semana e beijos a todos

sexta-feira, 11 de julho de 2014

VAMOS, BRASIL!

Preparei este post ontem, e ia postá-lo ontem mesmo, mas acabei não conseguindo acessar, pois a correria tem me dominado ultimamente.
Hoje, passeando pelo Facebook, vi uma postagem do Içami Tiba que corresponde a opinião que tenho sobre a Copa, a derrota do Brasil, o posicionamento das pessoas e tudo que engloba isso.
Abaixo exponho minha singela opinião:
Tenho observado a Copa do Mundo.
Dia de jogo do Brasil é dia de correria, de passar por cima do pedestre ou do carro dafrente, o que vier primeiro, não importa o horário do jogo, o que importa é não perder a abertura, mesmo que você esteja na rua ao 12:00 e o jogo seja às 17hs00.
Observei também que o brasileiro nunca foi tão brasileiro, nunca cantou o Hino Nacional com tanto ênfase, com o coração batendo forte, que até arrepia quem está assistindo.
Pois bem, tudo lindo, tudo maravilhos, mas e depois?
Não torço para time nenhum, não gosto de futebol, mas não é uma questão do esporte, mas sim do que ele realmente reperesenta para nosso País, de um povo heróico, que não foge à luta e nem teme a morte?
O povo brasileiro deposita seus sonhos, suas vitórias, sua alegria e tristeza em pessoas que, independente do que fizerem ou não fizerem, terão o seu retorno garantido.
7x1, foi o resultado das quartas de finais entre a Alemanha e o Brasil, a meu ver, jogo de criança, pois nem no futsal, que meu filho jogou durante muito tempo, se marcava tanto gol em tão pouco tempo.
Vergonha? Indignação? Tristeza? Esses sentimentos fizeram parte da grande maioria dos torcedores, e posso garantir que não me afetou, como disse, não gosto de futebol.
O que me deixa impressionada é a reação das pessoas a isso, como se abalam, como se torturam por algo que elas não podem mudar, controlar ou fazer algo a respeito.
Eu queria ver toda essa mobilização do nosso povo para reivindicar seus direitos, para melhorar sua condição social, para estender a mão ao próximo, para ser honesto, para ser mais feliz, para acabar com a violência, com o tráfico de drogas, de pessoas, de pensamentos.
Batalhar, lutar, ganhar a guerra são ambições nobres, ser honesto, querer ajudar também, mas gostamos do jeitinho brasileiro, gostamos do que é fácil, gostamos de achar que os outros nos deve.
Queria ter um País com pessoas melhores, lógico que temos muita gente boa, mas as que deveriam pensar no todo só pensam em si, são egoístas, querem levar vantagem e sair como "heróis".
O Brasil não tem heróis, por isso vivemos buscando algo ou alguém para nos induzir a ilusão de que por alguns momentos podemos sair de nossa realidade e sonhar.
Esquecemos que depois tudo volta ao normal. Independente do seu time ou da seleção brasileira ganhar ou perder você terá que pagar suas contas, ir aturar o chefe chato para ganhar o pão, e nenhum jogador, técnico ou alguém de lá vai passar a mão na sua cabeça de dividir o ganho com você, isso eu garanto.
Temos que abraçar a responsabilidade da nossa vida, da nossa felicidade, do nosso progresso.
A única pessoa que pode te ajudar é você, os outros te dão uma força, mas não passa disso.
Utopia? Utopia para mim é achar que uma Taça do Mundo ( emprestada ) irá acabar com todos os problemas de um País lindo por natureza e um povo tão hospitaleiro, mas que se recente por falta de manutenção.
Beijos a todos

quarta-feira, 16 de abril de 2014

"...CAMINHANDO E CANTANDO E SEGUINDO A CANÇÃO/ SOMOS TODOS IGUAIS, BRAÇOS DADOS OU NÃO..."

Ao som dessa música encerrava-se todos os eventos na escola em que eu estudava.
E através da diretora da escola outras músicas e outros conceitos foram entrando na minha vida.
Há anos realizo encontros dos alunos da época que estudei. Incialmente a vontade de rever as pessoas é que foi assegurando as reuniões, mas percebi que fazia isso mais pelos outros do que por mim, então o que será que me movia para seguir?
Talvez eu quisesse retomar a adolescência.... não isso não era verdade, pois a fase da minha vida que estou hoje para mim é a melhor.
Talvez eu quisesse rever algum ex-namorado, isso também não, pois não tive namoricos na escola.
Talvez eu quisesse restabelecer a atmosfera que eu encontrava no lugar, entre as pessoas que eu cresci, e onde certa forma, comecei a formar minha personalidade.
Com exemplos aprendemos a respeitar o próximo, a ajudar quem precisa e a valorizar qualidades as nossas e as dos outros.
Ser rígido não significa não dar atenção nem amor, significa ter conceitos fundados e estender a mão para quem está à beira do abismo, impedindo-o de pular, mesmo quando ele acha que ninguém vai se importar.
Éramos uma geração em transformação, onde nossos pais estavam reaprendendo a viver e nós também, todos aos trancos e barrancos.
Tínhamos mais liberdade para brincar, para viver certas emoções que hoje já não acontece.
Íamos levando.
Na escola eu me sentia em casa, talvez por isso tenha gostado tanto da Saga Harry Potter, era acolhida, reconhecida e mesmo em meio há tantos alunos, eu era notada. Sabiam meu nome!!!! Percebiam quando eu não estava bem emocionalmente...
Isso para mim era um alento, primeira filha de três, onde havia um intervalo de 5 anos entre mim e a do meio, eu realmente fui meio que esquecida entre tantos choros, birras e manhas.
Na época do ginásio ( atual fundamental II), eu era muito dedicada e acabei por me sobressair em matérias que a maioria não era muito afeita, e gostava de ajudar, gostava de ensinar, e isso culminou com uma sala de estudos, cedida por esta diretora que enxergou que seria muito mais proveitoso repassar a matéria semanalmente com os alunos do que no fim do ano, quando a esperança já havia acabado.
Para mim era magnifíco poder ajudar, ter meus amigos junto comigo no ano seguinte e batalhar por eles, brigar junto, me sentir no meio, interligada há alguma coisa.
Esses sentimentos eu não sabia na época, ia vivendo, mas hoje, parando e olhando para o que passou percebo que muito de mim foi formado ali, entremeio aquelas paredes de pedra, que ao contrário do que se possa imaginar, não eram frias.
Cada um do meu grupo tem uma recordação boa para contar, algumas pessoas tem muitas recordações, outras se escondem com medo do passado voltar ( como se isso fosse possível ), mas estamos aqui, de uma forma ou de outra, todos seguiram seus caminhos e os que se deixaram influenciar só colhem bons frutos, porque semeamos boas sementes.
Não somos perfeitos, mas talvez valorizamos o que é essencial: amor, carinho, respeito, responsabilidade...
Algumas coisas precisamos tentar mais: perdão, tolerância, paciência, comprometimento...
Estamos aprendendo, todos os dias, todas as horas são momentos, são oportunidades para nosso aprimoramento pessoal.
Eu estou no caminho, quero muito ser melhor e expandir o que aprendi, semear...
Faço isso com meus filhos, ou ao menos tento fazer, e vou seguindo: "...Caminhando e cantando e seguindo a canção/ somos todos iguais, braços dados ou não...."
Porque o que realmente importa nesta vida são quantos corações você conseguiu tocar e não quanto dinheiro conseguiu juntar.
As emanações de alegrias e amor seguem com você por toda a eternidade e os bens materiais vão ficar pela Terra......mais nada.

Boas refleções a todos e obrigada, Dona Olga, pelo exemplo, pela determinação. Muito do que sou devo à senhora.


Trecho da Música: Para Dizer que não Falei das Flores - Geraldo Vandré
Foto: olhares.uol.com.br

sexta-feira, 4 de abril de 2014

O QUE TIVER QUE SER, SERÁ!

Certas coisas acontecem na vida da gente em momentos que achamos que não vai mais.
Costumo dizer que o mundo gira e que não temos ciência do que esse giro pode fazer com nossas vidas, com nossos sentimentos.
Temos tantas certezas vazias, tantas convicções sem sentido, que quando nos vemos no giro da vida tudo vai por terra.
Quando cai a ficha de que somos seres humanos e na nossa vida somente importa o que sentimos e o que fazemos de bom para os outros e para nós, percebemos que viver é algo simples e fascinante e o que mais exige é coragem para seguir.
No decorrer dos anos vamos percebendo que as coisas não são do  jeito que queremos, mas como deve ser, e que por mais que você fuja, ali na esquina o que tiver que ser seu será, o que tiver que cumprir sua missão na sua vida, cumprirá, mesmo quando queremos fugir, ou não se entregar, em certo momento ocorre e pronto.
E temos a opção, sempre temos uma,  de seguir ou se ficar, viver,  e então ir em paz.
Ando me entregando às minhas emoções, aos meus desejos, pode ser que eu pague um valor meio alto por isso depois, mas, como diz Roberto Carlos:"...Se chorei ou se sofri, o importante é que emoções eu vivi...".
Conclui que sofrer faz parte do caminho e independe da sua escolha, sempre haverá um período onde tudo não andará do jeito que queremos, e então sofremos, a felicidade, com certeza, retorna depois.
Viver é isso: passar por paisagens, apreciá-las ou não e tirar proveito dos ensinamentos, sempre de forma positiva, pois mesmo quando a paisagem não agrada ela tem algo de bom para apreciarmos.

Reflitam....
Beijos a todos

Foto: blogs.jovempan.uol.com.br

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

LIMPANDO A CASA

É complicado esse negócio de "limpar a casa", desapegar das pessoas que fizeram algum bem para você e que de repente resolvem partir da sua vida.
E como é que fica a casa da gente?
Fica vazia, faltando aquele ser que te trazia alegria, que conversava e fazia de você alguém especial.
Realçava para sua alma o prazer de ser mulher, de ser inteligente, de poder dar ao outro o que tinha em ambundância: carinho, ideias, brincadeiras e imaginação.
Em contrtapartida recebia carinho, segurança, incentivo, apoio, cuidado....
Mas a vida, às vezes, nos dá determinados momentos para que saibamos que tudo o que desejamos é possível, no entanto, no tempo determinado, não quando se deseja ardentemente.
Limitações e opções fazem parte da história de cada um e nem sempre existe preparo e paciência para enfrentar o que se tem no momento.
E então novas oportunidades surgem e novas escolhas devem ser feitas, e na maioria das vezes, o mais fácil é escolhido, pode haver arrependimentos secundários, mas faz parte da tragetória.
Quando se perde algo que encanta, é preciso, acima de tudo, saber lidar consigo, com a dor, com a raiva, com a tristeza, com o desaguar, e tantos outros sentimentos que vão surgindo no decorrer do tempo, a tristeza é a que mais prevalece, se deixar ela se instala, se deixar ela toma conta porque é doninadora e se aproveita da nossa fragilidade.
É necessário seguir, tentar percorrer outros caminhos, pois a alegria e a felicidade conjunta pode estar em outra porta, em outra estrada.
Lembranças são impossíveis de apagar, vamos deixando para o tempo fazer seu trabalho, e vivendo outras emoções para se livrar das antigas, de todo o sentimento despertado.
Limpar a casa emocional é complicado, não dá para você reunir tudo e por no armário, esconder da vista porque seria mais fácil de esquecer, ou por na prateleira, em caixas sem identificação, para não ficar tentada em ir lá a todo momento e revirar as emoções e as tristezas.
Melhor é ir lidando com os sentimentos e ir tentando, pouco a pouco, administrar, chorar quando der vontade, e ir buscando outros interesses, outras mil maneiras de se distrair enquanto a vida encontra  formas para seguir.
Fazia muitos anos que não me sentia assim, meio que injustiçada, roubada, mas sobrevivi antes e hei de sobreviver agora.



Beijos a todos....


Foto: conquistandoumavidacomsentido.blogspot.com

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

A Ficção e a Vida Real

Eu não poderia deixar de comentar, apesar de ter começado a acompanhar a novela de verdade após a briga do Félix com a Paloma, onde, por seus feitos terríveis acabou sendo expulso de casa e então começou sua regeneração.
Muitas pessoas não acreditam que as crianças tem sentimentos, e há 40 anos atrás isso era conversinha: afinal as crianças deveriam estar apenas vestidas, alimentadas, obedecer e ponto.
Hoje sabemos que a infância é o primeiro momento da vida das pessoas onde começam a sentir  e dentro delas vai se formando o adulto de amanhã.
Félix era um ser amargurado, desprezado pelo pai que tanto amava, e refém de suas expectativas que, por pior que fossem ele tentava realizar, mas sem o retorno esperado.
Quando recebeu sua irmã adotiva, Paloma, todo o ódio que sentia pelo pai e que estava incubado dentro dele foi direcionado para a criança, que veio roubar o amor que lhe "pertencia".
E a cada gesto de amor e carinho do pai para a filha recém chegada, o ódio e a raiva do menino só crescia, e ia o deixando mais e mais amargurado, triste, invejoso e infeliz.
E o que será que salva uma pessoa infeliz? Apenas o amor.
Eu imagino a dor que o Félix sentiu durante boa parte da vida dele, tentando superar-se, e fazendo de tudo para que o pai o notasse a cada vitória, queria a sua admiração, o seu amor o seu carinho.
Ele precisou cair bem fundo no poço para descobrir que existem coisas que não são do jeito que deveriam, ele teve que descobrir a admiração de uma pessoa, por gestos que talvez ele não fizesse por mais ninguém, para através disso entender que o bem pode ser feito.
O filho, que ele tratava tão mal quanto o pai o tratou, começou com a demonstração de amor e carinho, acreditou que poderia ser melhor, e depois, ele descobriu nas pessoas simples, a Márcia, que existem coisas mais importantes que dinheiro, estatus.
E no decorrer da novela, sem se importar de verdade se as pessoas aceitariam ou não sua regeneração e por intermédio de sua mãe, ele foi, caso a caso confessando seus pecados e esperando de suas vítimas o perdão.
Acho quase impossível que um ser humano tão cheio de defeitos como ele ( poderia ser qualquer um de nós ), conseguir dar a cara a tapa e dizer: olha eu realmente fiz isso com você, porque eu queria te prejudicar, porque eu precisava que você falhasse para que eu subisse, pode achar o que quiser, mas eu fiz e não tem volta, a única coisa que eu posso aguardar é o seu perdão.
No mínimo ele merece o nosso respeito.
A novela foi confusa, complicada, cheia de idas e vindas, mas insuperável no seu final.
O perdão e a declaração de amor de César para o filho, foi emocionante, chorei junto, porque tem um pouco da minha história na do Félix, em muitos pontos eu me via em situações parecidas. Não nas maldades ( risos ), não tenho o dom de prejudicar as pessoas, mas na dor de ser preterido, ridicularizado, e às vezes até por não acreditarem na sua capacidade intelectual.
Eu vivo dizendo que todo mundo tem bondade no coração, por mais ruim que uma pessoa seja, ela sempre terá a capacidade de amar, só que Às vezes isso está tão escondido que não percebemos e achamos que não existe. 
Só que não conhecemos ninguém de verdade e infelizmente temos o hábito de julgar pela aparência, pelas atitudes. Ninguém consegue ver o que vai no coração ou na vida de ninguém, mas podemos ter fé, só nem sempre estamos dispostos.
O Niko teve fé, e encontrou a porção boa do Félix escondida, lá dentro dele, a primeira a conseguir penetrar a casca dura dele foi Mary Jane, deixada a seus cuidados pela Márcia num momento de necessidade, e daí para frente ele foi se deixando levar pela ternura, e pelo amor que pouco a pouco as pessoas iam depositando nele.
Uma lição de vida, uma lição para refletir, e algo para pensar, até que ponto a família para ser feliz tem que ter moldes? Talvez a única necessidade real seja amor, respeito, companheirismo e atitude.

Beijos a todos, boa reflexão e que o amor esteja sempre na vida de vocês.

Lembre-se: aquele que você despreza hoje pode ser quem vai juntar seus pedacinhos amanhã. 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

ANO NOVO, VIDA NOVA!!!!!

Hoje, 02/01/2014, acessei o facebook e vi várias mensagens de otimismo, de felicidade, de alegria...
Fico pensando que essa energia positiva poderia durar os 363 dias do ano que acabou de nascer, era só usar uma gotinha todo dia e mudar a vida, fazer o ano diferente.
Eu acredito em 3 passos para a mudança:

1º - ao levantar-se, olhar-se no espelho e sorrir para si, agradecer pelo dia e pela vida, pela chuva ou pelo sol, tanto faz;

Já viu quanta gente anda emburrada pela rua? Sorrir para um desconhecido, ter um semblante leve, cantar a vida ou seu momento especial, seu tema deixa os outros intrigados ou simplesmente surpresos, mas o que importa? O que importa é ser feliz e contagiar os outros. A vida é linda e a gente tem que aproveitar e ai está o 2º passo;

3º passo: sei que pode parecer chato, mas sempre que der avalie a situação e tente ver o lado bom e entender que o pior nem sempre é ruim.
Tudo que passamos na vida tem seu propósito, e via de regra, se não servir para nada, ao menos servirá para seu aprendizado pessoal.

Ser feliz implica em abrir mão de ter razão sempre, e quando se habituar a ceder, verá que não é complicado e que ter razão não é tão prazeroso assim.

Eu tenho tentado, não é difícil, e posso garantir que dá certo, tente também, vale a pena.

Beijos a todos e um Feliz Ano Novo, com coragem, amor, paz e novas atitudes.

foto: verdadeirobudismo.wordpress.com