terça-feira, 12 de março de 2013

MINHA HISTÓRIA, SUA HISTÓRIA....SERÁ?


Tantas coisas estão passando pela minha cabeça ao mesmo tempo, que tenho me sentido meio confusa com algumas situações.

São os filhos crescendo, minhas responsabilidades sendo aumentadas e uma vontade de ficar em casa pintando uma caixinha de MDF, estudando, lendo, calculando, arrumando.....

Às vezes acho que estou ficando velha ( 4.1 ), outras acho que estou só cansada mesmo, querendo um pouco de colo ( isso também é meio raro ), afinal ser forte o tempo todo tem seu preço, e outras ainda quero apenas ficar quietinha observando o tempo, bem mais minha natureza do que essa  correria louca do dia a dia.

Fico imaginando que algumas pessoas conseguem quase tudo que querem e nunca estão satisfeitas, não sei bem qual o motivo, eu, que sempre quis abraçar o mundo, estou aprendendo a ir dando um passo por vez, mas como é difícil, viu!!!! 
Minha aparente calma, é só aparente mesmo, por dentro tenho urgência de tantas coisas, que na maioria das vezes eu não consigo sair do lugar, acabo tropeçando no próprio pé.

 Enfiei na minha cabeça que quero conquistar algumas coisas e estou indo atrás, devagar, não posso negar que me irrita, mas estou indo, e duro não é ter paciência com os outros, é ter comigo, é entender minhas limitações, e direcionar meus desejos, e quem sabe assim conquistar meus sonhos?

A vida sempre me pareceu meio atribulada, as coisas acontecem numa velocidade incoerente, e é díficil correr atrás desse tempo, tão necessário e e fugaz, e ao mesmo tempo, sinto como se os meus desejos caminhassem lentamente, numa velocidade diferenciada e inferior ao que desejo.

Sou afoita e ao contrário do que imaginava, intensa. Sinto-me satisfeita quando entro de cabeça em algo e vou até o fim e, que ao final, tudo tenha saido a contento.

O campo emocional é uma parte que me deixa arredia, consigo me entregar plenamente apenas para meus filhos, afinal decepção causada por filho pode fazer parte do percurso, mas tem como ser recuperada; não confio em mais ninguém para depositar meus sentimentos, minhas esperanças; então vou cuidando de mim, aos poucos, uma hora me recupero, no entanto, nem isso me deixa infeliz, minha felicidade anda plena, brilha dentro de mim e me leva para frente, no dia a dia, e acho que isso é importante.

A vida é um aprendizado diário. São pedacinhos de quebra cabeça que surgem a todo o momento e vão contando minha história, sua história.

Cabe a nós montarmos o quebra cabeça com paciência e determinação, sem querer enfiar a peça no lugar errado, mas aceitando cada coisa no seu lugar, como deve ser.

Beijos a todos e boa reflexão.


foto: http//jardim-furta-cor.blogspot.com

sexta-feira, 8 de março de 2013

E AGORA, MARIA?

Já faz algum tempo que estamos tomando as frentes de trabalho das empresas, dividindo as atividades da vida profissional com a doméstica, e a cada dia,  respondendo por mais responsabilidades, por mais tarefas.
Nós queremos a perfeição: ótimas profissionais, filhas irrepreensíveis, mães excepcionais, esposas adoráveis e amantes sedutoras. ( Aff ! !!! ).
E damos conta? Não sei. Somos humanas, cometemos erros, falhas e tentamos dia após dia acertar, e mesmo tentando, vez por outra, erramos.
A cobrança da sociedade é fichinha perto do que esperamos de nós, e isso nos faz adoecer, perder limites, murchar; mas não desistimos porque o que mais queremos é vencer, custe o que custar.
Aprender a conviver com os erros e acertos da vida cotidiana é necessário, mas será que somos capazes de reconhecer a nossa humanidade, a nossa fragilidade, os nossos extremos?
Eu tento, mas ainda não sou capaz, minha esperança é conseguir um dia.
Certa vez, li um artigo onde a escritora desabafafa sua insatisfação em ter que assumir tantos papéis ao mesmo tempo e ainda criticava as incentivadoras do movimento feminista. Será que não seríamos mais felizes se ainda ficássemos em casa, cuidando dos filhos, do lar e com a parte mais "leve" da vida ?
Eu não conseguiria. Tenho dentro de mim  aquela vontade de descobrir, de aprender, de liberdade para realizar os meus projetos, os meus desejos.
Talvez eu seja meio radical, mas faz parte da minha personalidade, do meu jeito de encarar a vida.
Já pensei, em épocas de férias, quando a vida é mais amena, em mudar tudo: largar o trabalho e viver de artes; quase como uma "hippie"; mas sinceramente? Eu não sei por quanto tempo isso vingaria.
Gosto de dar opinião, de arrumar as coisas, de ajudar a solucionar problemas, de fazer de cada dia, um novo dia. Nem sempre o dia será bom, mas é bom quase sempre.
Bem, Marias, Joanas, Franciscas, e toda essa inifinidade de mulheres que concivem conosco reflitam: a vida é linda, e cheia de nuances; sempre teremos várias opções e cada uma delas terá a sua consequência; mas o que realmente importa é que você alcance o que mais almeja: a felicidade.

Beijos a todas e um ótimas comemorações.

Fotos: http://sinhacroche.blogspot.com.br/2012/03/dia-internacional-da-mulher.html